ITALIANOS VISITAM VÁRZEA GRANDE E EXPERIMENTAM DELÍCIAS DA CAATINGA PRODUZIDAS PELAS NATIVAS NORDESTINAS EM JEREMOABO

Nesta sexta-feira, um grupo de 63 italianos teve uma experiência única no povoado de Várzea Grande, situado no município de Jeremoabo, Bahia. O foco da visita foi a sede de beneficiamento de frutas e frutos da caatinga operada pelo grupo de mulheres localmente conhecido como “Nativas Nordestinas”. Este encontro especial proporcionou aos visitantes italianos a oportunidade de degustar uma variedade de delícias produzidas no local com licuri, palma, umbu e murici, entre outros. A construção do espaço foi possível graças ao investimento de benfeitores da Itália, que já doaram aproximadamente R$ 130 mil para infraestrutura e equipamentos. Essa é a quarta vez que italianos visitam o local e se encantam com as delícias produzidas com frutas e frutos da caatinga.

As Nativas Nordestinas têm se destacado não apenas pela qualidade dos produtos artesanais que produzem, mas também pela valorização dos recursos naturais da caatinga, promovendo práticas sustentáveis de manejo e beneficiamento de frutos nativos. O grupo é apoiado pela Associação Regional de Convivência Apropriada ao Semiárido (ARCAS) e já fez parte do programa Ater para Mulheres Rurais, projeto financiado pelo Governo da Bahia através da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e Bahiater, que entre outras ações, atuou através de capacitação, assistência técnica e troca de experiências.

Durante a visita, os italianos não apenas experimentaram os produtos locais, mas também puderam aprender sobre as técnicas tradicionais de processamento de frutas e a importância do trabalho das Nativas Nordestinas para a economia local e para a preservação da cultura da caatinga. A troca cultural e a valorização dos saberes foram aspectos destacados deste encontro entre diferentes culturas, fortalecendo os laços entre o Brasil e a Itália através da apreciação mútua pela gastronomia e pela sustentabilidade.

Na oportunidade, o tesoureiro da ARCAS, José dos Santos Neto, conhecido como Zé Pequeno, falou sobre as ações da instituição nesses 30 anos de história. Toda fala foi traduzida para língua italiana pela irmã Gabriel, que acompanha os italianos no Brasil.

Esta visita não apenas enriqueceu a experiência dos visitantes estrangeiros, mas também destacou o potencial das iniciativas locais para promover o desenvolvimento econômico sustentável e o empoderamento das mulheres rurais na região do semiárido baiano.

A ARCAS continua apoiando iniciativas como as Nativas Nordestinas, reafirmando o compromisso com a promoção de práticas agrícolas e alimentares que respeitam o meio ambiente e valorizam a cultura local.

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